Alegorias do Desassossego é um mapa fragmentado de inquietações, onde cada texto é um eco de silêncio e vertigem. Não traz respostas — apenas o rumor persistente das perguntas que recusamos esquecer.

As Moscas
As moscas

Ele não erguia estorvo ao desconhecido, apenas não reconhecia por que as moscas não lhe apareciam na vida. (...)


Portus Calem-se
Portus Calem-se

Recalcam a sua história com os mesmos adjectivos, rabiscados no mofo dos heróis mumificados. (...)

A Carta
Carta

Nunca mais te vi desde aquele dia na gare do Oriente, onde me invadiste com o murmúrio da tua ausência. (...)

Dias de vinho e rosas
Dias de vinho
e rosas

E corriam assim os dias, inebriados pelo sabor do estio. (...)

Encontro
Encontro

A linha entre eles reduzia-se, o rosto monótono do monitor servia de elo, uma paixão que surgia à distância. (...)

Fluidos
Fluidos

Deu um sorvo de uísque e disse-lhe:
— A tua alma tem dedos que harpejam a minha. Por isso, escreve-me um rio. (...)

Fugacidade
Fugacidade

​​Ele procurou-a o dia inteiro pelas ruas da cidade. (...)

Graffit
Graffit

Essa tua neutralidade de cidade aconchega-me ao desejo de vagabundo. (...)

Graffit
O distraído

Diziam que vivia no mundo da lua, e ele defendia que, naquela esfera estéril à condição humana, existiam campos lavrados de fantasia. (...)

O marinheiro
O marinheiro

Entraste ao som de tambores tocados pela alegria do inesperado. (...)

Graffit
Regresso

Apareceu com um pedaço de sorriso a escorrer dos lábios e o beijo de uma lágrima de lenta alegria. (...)

Verde e amarelo
Verde e amarelo

Entraste ao som de tambores tocados pela alegria do inesperado. (...)

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